05 janeiro, 2017

Occultic;Nine [Completo]

Yo minna!
Fantasmas, visões e até mesmo contratos com demônios, é hora do oculto entrar em cena.


Anime: Occultic;Nine
Gênero: Sci-Fi, Mistério
Situação: Completo (12/12)
Sinopse: Esta história de "ciência paranormal" segue nove indivíduos, ligados por um blog de ocultismo gerenciado por um estudante de ensino médio chamado Yuuta Gamon. À medida que eventos ocorrem em volta destes nove, um evento de proporções inimagináveis nasce, podendo até mesmo alterar o que é considerado senso comum.


As séries da 5pb com a Nitroplus, notoriamente conhecidas pelo seu ";" no título (Chaos;Head e Steins;Gate, Robotic;Notes sendo a série bastarda), tendem a ser interessantes, complexas e cheias de teorias e mistério. Logo, não é surpresa que Occultic;Nine segue esta mesma linha, trazendo agora o ocultismo para o foco da trama ou mais especificamente, a pós-vida. Porém, infelizmente, o anime parece perder a mão no quesito de coesão. Já iniciando com diálogos velozes e trocas rápidas de cena (mostrando cada um dos personagens em seu dia a dia), o anime acelera até um ponto que, sim, tira o fôlego (no bom sentido), mas deixa vários desenvolvimentos, perguntas e até mesmo personagens jogados de lado. Pra uma história que gira em torno de nove personagens (ou não), a falta de tempo na tela faz muita falta, ferindo o desenvolvimento de muitos personagens que acabam sendo críticos para o desenvolvimento da trama e sua conclusão. Como alguém que ficou muito interessado em cada um dos personagens pelo seu design (com exceção de uma), isso me deixou ainda mais decepcionado. Porém, o principal ponto negativo do anime não é este. Existe algo que está presente desde o início do anime, que entra em foco de tempo em tempo, atrapalhando qualquer tipo de raciocínio e que não encaixa de forma alguma naquele ambiente. Sim, os peitos da Ryo-tas. Se existe algo que me deixou MUITO incomodado em boa parte dos episódios de Occultic;Nine e que foi a principal razão que a maior parte das pessoas que eu conheço desistiram do anime, certamente foi o fanservice forçado, agressivo e desnecessário dessa personagem. Notem que não estou dizendo que fanservice por fanservice é errado, mas é só parar para olhar todo o ambiente do anime para notar que ele, de certa forma, respeita a forma humana em um nível aceitável, e que o único ser humano com tumores no lugar de peitos é a Ryo-tas. E a forma que o anime foca nisso, principalmente no início, incomoda demais. A história poderia continuar normalmente sem a existência daquilo. Sério. Argh. Bem, dito isso, hora de falar da trama no geral. Apesar de ter seus problemas de desenvolvimento e alguns personagens "desaparecerem" da trama de tempo em tempo (get it?), a trama em si é razoavelmente envolvente. Seu ritmo frenético anima e ajuda a criar um hype, uma ansiedade pelo que está por vir. E esse sentimento aumenta a cada episódio, começando devagar e chegando em seu ápice nos episódios 7, 9 e 10. Apesar de um final corrido e, bem, não ideal, ele não é um final completamente ruim. A trilha sonora foi muito boa, encaixando muito bem no estilo misterioso cheio de thriller, enquanto a animação deixou a desejar em muitos pontos, mas confesso que eu ri das referências diretas a Cardfight! Vanguard. No fim, Occultic;Nine acaba sendo um anime que é interessante, mas exige muita paciência e compreensão para suportar seus erros. Seja com seu ritmo de passos largos, cheio de bíblias de meros segundos sobre temas complexos, com suas mudanças abruptas de foco, indo de um personagem a outro às vezes sem nem mesmo terminar o raciocínio, e principalmente com seu fanservice desnecessário agressivo, que há quem diga teve um propósito de tirar o foco de outros pontos (que para mim não serviu de muita coisa, só pra gerar ódio mesmo). Pessoalmente, eu me diverti. Está longe de ser uma obra prima, mas para aqueles que gostaram do estilo de seus predecessores, Occultic;Nine traz essa nostalgia, que ajuda a lembrar o quanto aqueles animes foram bons, e para traz de volta aquelas conversas de 3 da manhã sobre teorias bizarras do mundo. Interessante (até um pouco divertido), mas não esperem muito dele.


Shiaku-san

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