05 maio, 2016

Hai to Gensou no Grimgar [Completo]

Yo minna!
Hoje falaremos de mais uma história de RPG. Porém, desta vez, não é naquela temática de comédia ou pura aventura, e sim drama. Uma visão mais realista de um mundo de RPG. Parece interessante, não? (Para aqueles que não sabem, este é o anime dos goblins carismáticos)


Anime: Hai to Gensou no Grimgar (Grimgar of Fantasy and Ash)
Gênero: Ação, Aventura, Drama, Fantasia
Situação: Completo (12/12)
Sinopse: Medo, sobrevivência, instinto. Jogados em uma terra distante com nada mais que memórias vazias e apenas o conhecimento de seus nomes, eles podem sentir estas três emoções vindo do fundo de suas almas. Para este grupo de estranhos é dada apenas uma escolha: se tornarem soldados no exército de reserva, eliminando tudo que ameace a paz neste novo mundo, Grimgar. Quando todos os candidatos mais fortes formam seus grupos, os deixados para trás são forçados a se juntar para sobreviver: O sacerdote carismático, Manato; O ladino nervoso, Haruhiro; A caçadora animada, Yume; A maga tímida, Shihoru; O cavaleiro gentil, Mogzo; e o cavaleiro negro desordeiro, Ranta. Apesar de parecer um, este mundo não é um jogo. Não existem segundas chances ou respawns. É matar ou morrer. Agora está nas mãos destes aventureiros sobreviver juntos neste mundo onde a vida e a morte são separadas apenas por uma linha tênue.



A primeira coisa que me chamou a atenção no anime foi a arte dos cenários. Os cenários em estilo de aquarela deram um tom bem diferente ao anime. A segunda coisa foi a trilha sonora, que foi realmente muito boa. Porém, e a trama? Em momento algum eu pude esconder a minha insatisfação com Hai to Gensou no Grimgar, desde o começo. Não apenas com a falta de personalidade dos personagens, mas especialmente com o desenvolvimento deles. Existe uma diferença entre desenvolver os personagens lentamente e praticamente não desenvolver os personagens. Até certo ponto do anime, o segundo reina. Hai to Gensou no Grimgar tenta uma visão mais séria e realista no gênero de RPG, uma tentativa que é bem válida e interessante. Porém, infelizmente, ele demora bastante para criar um envolvimento entre os personagens, pelo menos um forte o suficiente para fazer alguém se importar. O drama, no início, acaba sendo um tanto forçado, e, o que era para ser o primeiro clímax dramático do anime, acaba não sendo tão dramático assim exatamente pela falta de desenvolvimento dos personagens (só serviu para deixar os outros personagens deprimidos por algum tempo), o que foi bastante frustrante. A morte de um personagem em uma trama tem diversas motivações. Pode ser para gerar uma motivação para um ou mais personagens, para criar uma pausa forçada em algum momento de ímpeto, coisas do tipo. Mas para que ela tenha algum desses efeitos de modo que envolva o espectador, precisa existir algum tipo de ligação prévia. Afinal, quem se importa com os figurantes que morrem nos cantos de Shingeki no Kyojin ou em qualquer outra série do gênero? O que me deixou mais irritado foi o fato que, por mais que ele não fosse apenas um secundário qualquer, o personagem em questão só foi ser desenvolvido propriamente no episódio em que ele morreu, e isso é a coisa mais previsível do mundo. DO NADA um certo personagem ganha um holofote durante boa parte do episódio, é certo que alguma coisa, geralmente ruim, vai acontecer. É uma notória death flag. E por ser previsível, a coisa ruim acaba não tendo o mesmo impacto. Por isso que eu fiquei extremamente desapontado com esse pseudo-clímax. Porém, apesar desse deslize ter me tirado boa parte das esperanças relacionadas à este anime, devo confessar que o que veio depois não foi tão ruim quanto eu esperava. Para ser sincero, eu me surpreendi. O arco que segue este clímax foi, de várias formas, um tanto maçante durante algum tempo. Mas o que nasce dele é algo que me pegou desprevenido, um desenvolvimento de personagem que eu achava que não existia na série, que leva a um crescimento nos personagens e uma finalização bastante satisfatória. No geral, não foi uma experiência totalmente ruim. Teve seus pontos ruins, sim, (com direito até mesmo a erro de continuidade em duas cenas críticas na história) mas que no geral, não acaba sendo tão ruim assim. Em conjunto com a arte interessante e com a trilha sonora, ele entra no quesito de assistível. Ele tinha uma premissa promissora, mas não conseguiu desenvolver ela tão bem. Para quem gosta de animes mais realistas, ele pode ser um pouco mais interessante por este aspecto, mas não é o tipo de anime que eu recomendaria. Talvez pela arte e pela trilha, mas não pela obra em si. Mas se não tiverem mais nada para assistir, pode ser algo a se considerar.


Shiaku-san

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