23 setembro, 2018

Hyakuren no Haou to Seiyaku no Valkyria [Completo]

Yo minna!
Quando o gênero de Isekai já está bastante saturado, a melhor coisa a se fazer é tentar algo novo... Né?



Anime: Hyakuren no Haou to Seiyaku no Valkyria (Master of Ragnarok and Blesser of Einherjar)
Gênero: Fantasia, Harém, Isekai
Situação: Completo (12/12)
Sinopse: Algumas lendas urbanas são melhores deixadas bem longe. Yuuto Suou acaba ficando na pior quando ele se junta à sua amiga de infância, Mitsuki Shimoya, em sua aventura de desvendar uma lenda urbana. Quando ele usa seu telefone para tirar uma selfie com o espelho sagrado do templo local, ele acaba sendo jogado em outro mundo, um fortemente baseado nos antigos contos nórdicos. Usando seu conhecimento obtido na escola e através de seu smartphone com bateria solar, ele agora tem a chance de levar o seu clã, o Clã do Lobo, para a vitória, enquando obtém a adoração de um grupo de guerreiras mágicas conhecidas como Einherjar.



    Transformar uma obra ruim em algo divertidamente ruim é algo que só os verdadeiros mestres são capazes de fazer. E, sem dúvida, vai haver alguém pra dizer que obviamente este anime foi planejado pra ser ruim desse jeito. Meticulosamente calculado. E como erraram na mão.

    Por onde começar? Hyakuren no Haou traz uma premissa genérica, já vista algumas vezes, misturando alguns poucos conceitos de outros animes de isekai (como os clãs e o smartphone, que aparentemente será eternizado como a ferramenta mais overpower já utilizada em animes). Porém, a história é tão clichê que nem ao menos se dá ao trabalho de explicar a premissa, apresentando a premissa através de um conjunto de cenas confusas na abertura (que, pra aqueles que já assistiram alguns isekais, já é mais que o suficiente pra supor o que rolou). Vocês poderiam pensar, talvez, "Pô, pelo menos vai ter menos exposição, já que não vai ter um bando de personagem explicando cada coisa que está acontecendo, né?".

    E é aí que vocês se enganam, meus pobres leitores desavisados. Apesar da premissa ser "explicada" através da abertura, todos os movimentos do protagonista, personagens que aparecem e etc são apresentados através de um diálogo mais forçado que as portas do Guanabara em dia de aniversário. Chega a ser surpreendente o ponto que se chega para explicar as coisas mais básicas sendo que, em tese, o protagonista já está naquele mundo há mais de dois anos. "Olha só, senhor protagonista, é a [insira o nome aqui], a personagem que sempre está do seu lado nos últimos dois anos e que não teria motivo algum pra expor assim!"

    Não satisfeitos com uma história clichê, previsível e mal escrita, personagens com a profundidade de uma colher de chá rodeiam o protagonista, formando um harém de garotas que só aparecem em alguns breves momentos (fanservice *cof cof*) e que não influenciam em nada na história. Guiadas por fetiches diversos (em especial o fato de todos os personagens se referirem ao protagonista como "Pai", "Irmão mais velho (a.k.a. onii-sama)" e coisas do tipo), os personagens em sua maioria não chegam a ter nem mesmo um episódio inteiro para seu desenvolvimento (até porque alguns "já foram desenvolvidos em um momento anterior durante a premissa"). Isso sem nem comentar a "relação" do anime com a "mitologia nórdica". Não. Apenas não.

     Uma trilha sonora fraca, com uma animação abaixo da média (e momentos de CGI que remetem ao lendário CG Dragon de Fate), apenas adiciona mais pontos negativos pra conta de Hyakuren. Porém, nenhum desses pontos consegue ser pior do que a própria finalização do anime. O final original da série faz o termo "final fechado" ser debatível. Por um lado, de maneira ""inovadora"", ele dá a entender que ele escolhe uma garota de seu harém (ele escolhe, mas o harém continua..?). Por outro, toda a trama do anime é ignorada e deixada de lado, então NENHUM dos conflitos com NENHUM dos antagonistas é resolvido, me deixando excepcionalmente incomodado por ter tentado acompanhar o que acontecia na trama. 

    A melhor analogia que eu tenho para este anime é que um estúdio tentou fazer uma receita de miojo (equivalente de isekai) e botou fogo na cozinha inteira. "Como?" é a pergunta que não sai da minha cabeça. Eu simplesmente não tenho coragem de recomendar esse anime pra alguém. É algo que não se faz. Existem dezenas de execuções dessa receita pronta que entregam resultados substancialmente superiores a isso. Seja Death March, Isekai wo Smartphone, SAO, até Isekai Maou.
Então, por favor, tenham um pouco de respeito próprio e passem longe deste anime.



Shiaku-san

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